ALMA GRANDE NO MEU PAÍS 1 © 2007
Acordo a meio da noite,
Em pranto de alma profundo,
Em jeito de gigante açoite,
Que me bate, e fico mudo.
A humanidade em silêncio,
Ignora, ao passar,
As labaredas de incêndio,
A crepitar no inocente olhar.
E eu, amarrado à minha vontade,
Ainda não consegui desprender,
A angústia e a sinceridade,
Dos que olham a socorrer.
Em súplica, as últimas vozes,
Roucas, soltam gemidos,
Contorcidos na cama de rua,
Que aos poucos, vão matando os perdidos.