UM GRITO EM LIBERDADE © 2008

E eu, que sou tudo em excesso,

Onde me encaixo? Talvez

Dentro de um caixão, despeço-me,

Pois chegou a minha vez.

Podem carregar-me ao ombro,

Mas não me chorem, cantem,

Com emoção, que eu em dobro

Vos sonharei, e não se espantem!

Na partida, deixo o rasto

De um amor que não termina,

E na ausência, faço o espaço

Onde a alma sempre ilumina.

Não será o fim, mas a viagem,

Um eco que vos envolverá,

E no canto, essa homenagem,

A minha presença vos guiará.